domingo, 30 de agosto de 2009

PAISAGENS URBANAS


Rua São José - centro da cidade
FOTO DA AV. LUIS PESSOA DA SILVA NETO - CENTRO DA CIDADE
AS CIDADES NA HISTÓRIA
As cidades surgiram no momento em que algumas sociedades passaram a ter condições de produzir alimentos suficientes para garantir a subsistência dos agricultores e abastecer os moradores urbanos que, assim, puderam dedicar-se a outras atividades.
A cidade teve sua origem, forma e organização embasada na aldeia.
A cidade deve, tecnicamente, à aldeia: dela surgiram, diretamente ou pela elaboração, o celeiro, o banco, o arsenal, a biblioteca, o armazém. Lembremo-nos também de que a vala de irrigação, o canal, o reservatório, o fosso, o aqueduto, o dreno, o esgoto, também constituem recipiente destinados ao transporte automático ou à armazenagem. O primeiro deles foi inventado antes das cidades; e sem essa ordem de invenções, a cidade antiga não poderia ter tomado forma, como afinal ocorreu; pois não era ela nada menos que um recipiente de recipientes. (MUMFORD, 1998, p.23)
Quanto a forma de estruturação da cidade atualmente, vale lembrar que ela também teve a sua origem na aldeia, considerando que lá também existia uma organização que foi a base atual das cidades.
A estrutura embrionária da cidade já existia na aldeia. Casa, oratório, poço, via pública, agora – qual não era ainda um mercado especializado -, tudo tomou forma primeiro na aldeia: invenções e diferenciações orgânicas, que aguardavam o momento de serem levadas avante na estrutura mais complexa da cidade. O que vale para a estrutura geral da aldeia vale também para as suas instituições. Os começos da moralidade organizada, do governo, do direito e da justiça existiam nos conselhos de Anciões da aldeia. (MUMFORD, 1998, p.26)
Muito se fala sobre a origem da cidade e a maneira como ela se estrutura. Também os padrões mínimos de infra-estrutura que a cidade deve possuir para proporcionar bem estar social aos seus moradores, pois, a cidade é, por excelência, o ambiente do homem civilizado. Ela constitui um centro de consumo, para onde são carregados continuamente materiais e energia originados em outras áreas.
A concentração do homem em cidades é uma conseqüência de sua tendência de viver em grupos. Esse grupo é variável de acordo com a atividade que ele realiza, e também com as disponibilidades dos recursos financeiros que possui. O homem constitui vida em grupos desde épocas mais remotas.
O ser humano sempre se caracterizou por uma tendência gregária, fundamentada principalmente na constituição de famílias, com estreita interdependência entre seus membros. Desde a mais remota Antigüidade o homem constitui aldeias, seja em torno de cavernas, seja em construção de Palafitas, nas regiões dos lagos, mas sempre reunido em grupos, para maior facilidade de defesa ou divisão de trabalho. O tamanho desses grupos variava conforme as disponibilidades dos recurso ambientais. (MURGEL, 1991, p. 7)
No Brasil, cabe salientar que durante os primeiros anos da descoberta e exploração, o nosso litoral continuou sendo habitado pelos povos da floresta.
Somente mais tarde foi que Portugal ofereceu terras aos nobres portugueses que quisessem plantar nas terras brasileiras. Cada nobre português ganhou uma porção de terras quando se mudou para o Brasil com sua família e outros parentes, as chamadas Capitanias Hereditárias. Trabalhando continuamente, construíram suas residências e começaram a formar os primeiros povoados no litoral do Brasil. O centro do povoado era uma pequena igreja.
As Vilas brasileiras cresciam lentamente, e povoar o Brasil era quase que impossível para a época. Por isso Portugal empenhou-se em
mandar mais gente para o país com o objetivo de aumentar a população e construir a primeira cidade brasileira: a Bahia de Todos os Santos, onde se situava a Vila do Pereira. A essa Vila começaram a desembarcar muita gente vinda de Portugal. Foi aí que a modesta Vila do Pereira deu lugar a cidade de Salvador, que foi a primeira cidade do Brasil. Mais tarde construiu-se as cidades de João Pessoa e do Rio de Janeiro.
Salvador e Rio de Janeiro chegaram ao destaque de maiores cidades brasileiras. Cabe salientar aqui, que na época elas eram chamadas de cidades porque nelas moravam o Juiz, o cobrador de impostos, o capitão da guarda, o bispo, entre outras autoridades.
Mais tarde essas cidades cresceram em outras regiões do Brasil. No sul, graças aos tropeiros que viajavam para o Rio Grande do Sul para negociarem, começou a surgir os primeiros povoados. Como as viagens dos tropeiros eram longas e muito cansativas, eles paravam para descansar nas pousadas existentes ao longo do caminho. Foi aí que surgiram muitos povoados entre o Sul e Sudeste do Brasil.
Em Pinhal da Serra, como não poderia deixar de ser, também existiam as casas ou pensões para descanso dos tropeiros e as pastagens para soltar os animais. Estas casas eram conhecidas na localidade como “Casa de Pasto”. Na localidade existia a Casa de Pasto de propriedade do senhor José Pessoa da Silva, que situava-se onde hoje temos o centro da cidade.
Desde os primórdios do processo de povoamento brasileiro, as suas cidades se concentravam na faixa litorânea, mas, a partir da década de sessenta, passaram por um processo de dispersão espacial, a medida em que novas porções do território passaram a ser ocupadas.
As cidades também são vistas como um lugar de trabalho livre, pois foi na cidade que se desenvolveram o comércio e o artesanato e, principalmente, ela passou a ser o lugar do poder. A elite dirigente de uma sociedade mais complexa vive na cidade, pois é nela que fica o poder que administra o território e em parte a vida do povo submetido a este poder, e isto é que difere o trabalho e a vida da cidade, do trabalho do campo, em especial o existente no período de transição do feudalismo para o capitalismo.
A cidade aparece, então, como uma semente de liberdade: gera produções históricas e sociais que contribuem para o desmantelamento do feudalismo. Representava a possibilidade do homem livre, da liberdade de escolha, muito embora esta fosse relativa, já que os ofícios eram regulamentados pelas corporações , pelas confrarias. (SANTOS, 1988, p. 53)
Em 1822, quando o Brasil se tornou independente de Portugal, aqui existiam poucas cidades e vilas. Somente Salvador e Rio de Janeiro eram de fato cidades. As demais não passavam de vilas. Hoje considera-se cidade no Brasil, toda a sede de município.
CIDADE: PINHAL DA SERRA-RS
IMAGENS DA AV. LUIS PESSOA DA SILVA NETTO RÁDIO PINHAL DA SERRA, 104.9 FM
CIDADE DE PINHAL DA SERRA -RS
RUA SAO JOSÉ-CENTRO DA CIDADE

PAISAGENS PINHALENSES









IMAGENS DE NOSSA PECUÁRIA - REGIÃO DE SERRA












IMAGEM DA ARAUCÁRIA - NOSSA ÁRVORE





















































sábado, 29 de agosto de 2009

UM POUCO DA HISTÓRIA

PINHAL DA SERRA


A origem do nome do atual município de Pinhal da Serra está ligada à atividade econômica que aqui predominava na época de seu surgimento, no final do século XX que era o extrativismo da madeira. Nesse tempo, havia muita extração de madeira no local onde se localiza hoje a atual cidade de Pinhal da Serra, em razão disso havia muitos tocos. Assim o primeiro nome que recebeu foi o de São José dos Tocos. A árvore predominante nesta atividade extrativa era o pinheiro, razão pela qual, em 29 de novembro de 1938, o lugar passou a se chamar Vila Pinhal da Serra e hoje município de Pinhal da Serra.
No site do município podemos constatar essa explicação sobre a origem do nome:
Em 1920, os moradores do então São José dos tocos, juntamente com os moradores da Serra dos Gregórios, se uniram para construir uma capela em honra a São José. Em Razão da construção da capela para São José, do desaparecimento dos tocos e da existência de grande quantidade de pinheiros nesta área, o povoado passou a ser chamado de São José dos Pinhais. (
http://www.pinhaldaserra.rs.cnm.org.br/)

Inicialmente, Pinhal da Serra era a sede do segundo distrito de Esmeralda, onde já existia aqui uma Vila bem caracterizada, inclusive com o seu espaço urbano delimitado por leis municipais: O Projeto de Lei n.º 07 de Junho de 1979, estabelece o perímetro urbano da Vila Pinhal da Serra, sede do segundo distrito de Esmeralda - RS. Pinhal da Serra articulou um movimento emancipacionista, onde se realizou um Plebiscito para a definição da vontade política de sua população. Na oportunidade, os eleitores, em sua maioria, votaram pelo “Sim” à emancipação e criou-se então o município de Pinhal da Serra e também a sua cidade sede.
O município de Pinhal da Serra foi criado pela Lei n.º 10.748, de 16 de Abril de 1996, com área que se emancipa do município de Esmeralda - RS, e tem como delimitação, ao norte começando na confluência do rio Bernardo José com o rio Pelotas, seguindo por este à montante, até a confluência com o Lajeado do Tigre; a leste, iniciando do ponto acima referido, seguindo pelo Lajeado do Tigre, à montanha, até a confluência com o arroio Jaguairã; ao sul, inicia acima referido, segue pelo arroio Jaguairã à montante, até sua nascente sudoeste, junto à estrada da Fazenda Boa Vista. Segue por esta estrada, em sentido geral noroeste, até a estrada geral para Esmeralda. Segue por essa estrada, no sentido Pinhal da Serra / Esmeralda por três mil metros até o encontro com a estrada vicinal que conduz à Capela de São Sebastião. Segue por esta estrada por mil metros até o entroncamento com a estrada do senhor Orlando, e por esta, em sentido geral oeste, até seu cruzamento com o arroio da Glória; a oeste, do ponto acima referido segue pelo arroio da Glória, à jusante, até a confluência com o arroio dos Gregórios. Segue por esse arroio, à montante, até sua nascente sudoeste, de onde, por linha seca de sentido sul, que atravessa a estrada municipal São Sebastião/ Serra dos Gregórios (ESM – 170), liga com a nascente sudeste de uma sanga localizada no entroncamento de duas estradas, próximo à cota de 894 m. Segue por esta sanga à jusante, passando na propriedade de Simplício Ferreira Duarte, até a confluência com o rio Bernardo José e por este rio à jusante, até sua confluência com o rio Pelotas.
O movimento emancipacionista iniciou-se em 1994. Em reunião no dia 03 de dezembro de 1994, formou-se uma Comissão Emancipacionista. O pedido de registro da Comissão Emancipacionista foi proposto na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, dia 19 de dezembro pelo presidente da comissão Antonio Giordano da Costa. A área do município foi formada abrangendo todas as comunidades que pertenciam ao 2º distrito (Pinhal da Serra) de Esmeralda; da área pertencente ao 4º Distrito (Serra dos Gregórios), com uma área de 436 km2.O município de Pinhal da Serra está localizado na Região Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, possuindo uma área de 436 km², distante da capital do Estado mais ou menos a 330 km via rodoviária e limita-se: Norte: Anita Garibaldi e Celso Ramos no Estado de Santa Catarina; Sul: Esmeralda-RS; Leste - Cerro Negro e Campo Belo do Sul em Santa Catarina; Oeste: Barracão e Lagoa Vermelha –RS.
O município, é formado por Capelas e Rincões. As Capelas são as localidades que possuem uma Igreja Católica. Os Rincões são as localidades que não possuem uma Igreja, e são distantes da Capela, também são chamadas por Fazenda.
Entre as Capelas do Município de Pinhal da Serra podemos citar: Capela São José – Pinhal da Serra na sede do município; Capela do Divino Espírito Santo – Porteira do Pinhal; Campo Alto – Capela Santa Paulina; Capela Santa Bárbara – Assentamento Nova Esmeralda; Capela Santo Antonio; Rincão dos Martins; Fazenda Boqueirão; Capela São Pedro; Capela São Miguel – Prédio; Rincão do Cerro Alegre; Capela São Jorge; Rincão dos Crentes; Passo da Pedra Oveira ( Balsa); Capela Nossa Senhora Aparecida – Barra Grande; Capela Nossa Senhora Consoladora; Capela Nossa Senhora Conceição; Rincão dos Lourenços; Capela São Cristóvão; Tabuleiro; Capela São Roque - Gramado
Há também Capelas da Serra dos Gregórios: Capela Nossa Senhora Aparecida: Rincão dos Barbosas; Rincão dos Gasperins; Rincão dos Carneiros; Rincão dos Milocas; Boca da Serra; Capela Nossa Senhora da Saúde: Rincão dos Basílios
O município de Pinhal da Serra realizou a sua primeira eleição no ano de 2000 e teve o seu primeiro quadro administrativo empossado em Janeiro de 2001.

ORIGEM DAS CIDADES


A origem das cidades é muito antiga, e o homem, por natureza própria, tende a conviver em grupos, em especial os trabalhadores que não exercem atividades agrícolas. Por mais simples que seja a observação de uma cidade, é possível notar características consideráveis, ou seja, que a cidade é um lugar de trabalho, de produção e também de consumo. A cidade é uma natureza transformada, onde se verificam as mudanças que ocorreram em um determinado período, em especial em nossa cidade, desde a delimitação de seu perímetro urbano anterior com o atual, e também nos espaços onde a paisagem natural foi gradativamente sendo substituída pela paisagem cultural. A área urbana da cidade de Pinhal da Serra, foi diferentemente ocupada em função das classes sociais que a compõem, pois para se construir uma residência, o homem se depara com o monopólio da propriedade da terra, e neste caso, lhe é pertinente adquirir somente aquilo que o seu capital impõe.
Na área central de Pinhal da Serra, foram instalados instituições bancárias e comerciais, construindo-se residências e estabelecimentos comerciais, pois, o Armazém do seu Luiz Giordano e o Supermercado Bodegão, compartilham espaços hoje com outros mercados do gênero alimentício, vestuário, artesanato e serviços, enquanto que o crescimento residencial aconteceu nas áreas periféricas da cidade.
Conclui-se que ocorreu dentro da cidade um aumento considerável de estabelecimentos comerciais, que mesmo interdependentes um do outro, são partes integrantes de um mesmo processo de urbanização e avanço da área urbana da cidade de Pinhal da Serra, pois na época de instalação da cidade existiam quatorze estabelecimentos comerciais cadastrados na Prefeitura Municipal e hoje existem mais estabelecimentos cadastrados, sendo que a maior concentração está no setor de comércio de Gêneros Alimentícios, onde ocorre a maior busca por parte da população.
Por outro lado, a área residencial que está sendo construída está numa área onde não existem ainda serviços de infra-estrutura (rede elétrica, água encanada, ruas abertas, etc.). Após as construções é que se verificam as reivindicações para que o local seja provido de infra-estrutura adequada.
Não existem na cidade mansões ou edifícios, mas residências simples de maior ou menor tamanho, ocupadas pelos próprios donos, e várias residências mais simples, construídas especialmente para a especulação imobiliária para as pessoas que vieram de fora do município e até mesmo de outros estados.
Por outro lado, observou-se que muitas famílias hoje residentes na cidade, são oriundas do meio rural, onde desenvolviam uma agricultura de subsistência e às vezes agricultura para o mercado, onde viviam relativamente isoladas, mas dispondo de um mínimo necessário à sua subsistência. Verificou-se que uma das causas desse deslocamento para a cidade, foi a falta de uma infra-estrutura que melhor caracterizasse o meio onde essas pessoas moravam.
O processo de urbanização da cidade de Pinhal da Serra, se deu basicamente em um função da construção da barragem da Usina Hidrelétrica Barra Grande, que trouxe para a cidade a necessidade .de ampliaçào do número de residencias para acomodar tantas pessoas que vieram para o municipio, para trabalhar na obra.